Um blog de Rui Baptista
domingo, abril 25, 2004
Praias desertas no lado turco
Viajando pela RTNC, é impossível evitar as bases militares do Exército turco: por todo o lado há áreas enormes cercadas por arame farpado com severos avisos a proibir a entrada a civis. Há jornais e televisões locais, mas os cipriotas turcos preferem os diários e os canais televisivos turcos (a Turquia fica a pouco mais de 100 quilómetros, para receber a TV turca não é sequer preciso satélite).
A Turquia é a única via que a RTNC tem para escapar ao isolamento. A autoproclamada república é ostracizada por toda a comunidade internacional menos por Ancara, e a solidão dos cipriotas turcos nota-se constantemente. A ilha tem óptimas condições para o turismo, como o sucesso do lado cipriota grego em atrair visitantes demonstra. Mas o estatuto de pária do lado cipriota turco torna o turismo difícil.
O interior da ilha é bom para percursos de “trekking”, embora seja aconselhável levar muita água para beber. A paisagem é desoladoramente seca (como o Alentejo, mas muito mais árida) e vazia — para além de uma ou outra base militar turca, ninguém ocupa o centro da ilha excepto os burros selvagens, uma curiosa e pacífica espécie típica da ilha.
Não há números certos sobre a quantidade de turistas que visita a RTNC. Sabe-se que a maioria vem da Turquia, e os restantes do Reino Unido, da Alemanha ou de Israel. Muitos deles vêm para jogar nos casinos — há 16 na RTNC, normalmente junto aos hóteis. Tanto casino pode parecer muito para tão pouca gente, mas atenção, “casino” na RTNC significa apenas uma pequena sala com umas duas dúzias de “slot machines” e um par de mesas de “blackjack” e roleta.
Os que não vêm jogar têm o sol e as praias. Chipre é muito, muito quente (as temperaturas no Verão ultrapassam os 40 graus à sombra); entre Maio e Outubro, as águas do Mediterrâneo têm uma temperatura média de 24 graus. As cidades costeiras de Famagusta e Girne têm boas praias, mas as melhores ficam na península de Karpaz (ponta norte da ilha), longos areais com uma água limpa e muito azul. A melhor parte das praias cipriotas turcas tem a ver com o isolamento da RTNC: estão quase totalmente desertas.
A Turquia é a única via que a RTNC tem para escapar ao isolamento. A autoproclamada república é ostracizada por toda a comunidade internacional menos por Ancara, e a solidão dos cipriotas turcos nota-se constantemente. A ilha tem óptimas condições para o turismo, como o sucesso do lado cipriota grego em atrair visitantes demonstra. Mas o estatuto de pária do lado cipriota turco torna o turismo difícil.
O interior da ilha é bom para percursos de “trekking”, embora seja aconselhável levar muita água para beber. A paisagem é desoladoramente seca (como o Alentejo, mas muito mais árida) e vazia — para além de uma ou outra base militar turca, ninguém ocupa o centro da ilha excepto os burros selvagens, uma curiosa e pacífica espécie típica da ilha.
Não há números certos sobre a quantidade de turistas que visita a RTNC. Sabe-se que a maioria vem da Turquia, e os restantes do Reino Unido, da Alemanha ou de Israel. Muitos deles vêm para jogar nos casinos — há 16 na RTNC, normalmente junto aos hóteis. Tanto casino pode parecer muito para tão pouca gente, mas atenção, “casino” na RTNC significa apenas uma pequena sala com umas duas dúzias de “slot machines” e um par de mesas de “blackjack” e roleta.
Os que não vêm jogar têm o sol e as praias. Chipre é muito, muito quente (as temperaturas no Verão ultrapassam os 40 graus à sombra); entre Maio e Outubro, as águas do Mediterrâneo têm uma temperatura média de 24 graus. As cidades costeiras de Famagusta e Girne têm boas praias, mas as melhores ficam na península de Karpaz (ponta norte da ilha), longos areais com uma água limpa e muito azul. A melhor parte das praias cipriotas turcas tem a ver com o isolamento da RTNC: estão quase totalmente desertas.
posted by Rui Baptista at 3:53:00 da manhã
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