Um blog de Rui Baptista
domingo, abril 25, 2004
Disco sound e capacetes azuis
A vida nocturna do lado grego de Nicósia merece uma referência especial. Por força do turismo de massas, surgiram por todo o lado bares, discotecas e cabarets, que aqui são designados simplesmente como casinos. Salvo raras excepções, ficam situados na zona histórica de Nicósia, a dois passos da “linha verde” e têm um ambiente absolutamente decadente. O que vale é que, por força da lei, encerram obrigatoriamente as portas às duas da manhã.
Alguns são lugares simplesmente pavorosos. Ali ainda reina ainda o “disco sound” e as bolas de espelhos, e as bailarinas idas do leste da Europa (conhecidas simplesmente como “As Natachas”) são descidas do tecto para as pistas de dança dentro de gaiolas. Para encontrar gente com um ar mais normal e moderno é preciso ir até ao Sfinakia, um clube para gente mais nova, de admissão reservada, que fica no número 43 da rua Dervi.
A partir das duas da manhã, a rua pedonal que conduz à “linha verde” enche-se de mulheres que saem dos casinos situados nas redondezas. Quase todas oriundas da Ucrânia, Rússia e Hungria, concentram-se em meia dúzia de bares especializados em “fast food” que têm autorização para funcionar até mais tarde. O resto da cidade dorme, até porque Nicósia deita-se cedo e a partir das 22 horas os restaurantes fecham quase todos as portas, em especial os que ficam mais perto da “linha verde”.
Todavia, quem tiver curiosidade em saber mais coisas sobre a última capital dividida do mundo, pode sempre aproveitar estas horas tardias para percorrer a “linha verde”, parando junto às guaritas dos soldados cipriotas-gregos. A guerra entre as comunidades é também um conflito de Relações Públicas, e por isso os soldados do lado ocidental estão sempre disponíveis para uma conversa, seja a que hora for do dia ou da noite. Menos acessíveis são os capacetes azuis das Nações Unidas, que montaram os seus quartéis em terra de ninguém. São eles que têm que acalmar os ânimos sempre que há escaramuças, que são praticamente diárias.
Alguns são lugares simplesmente pavorosos. Ali ainda reina ainda o “disco sound” e as bolas de espelhos, e as bailarinas idas do leste da Europa (conhecidas simplesmente como “As Natachas”) são descidas do tecto para as pistas de dança dentro de gaiolas. Para encontrar gente com um ar mais normal e moderno é preciso ir até ao Sfinakia, um clube para gente mais nova, de admissão reservada, que fica no número 43 da rua Dervi.
A partir das duas da manhã, a rua pedonal que conduz à “linha verde” enche-se de mulheres que saem dos casinos situados nas redondezas. Quase todas oriundas da Ucrânia, Rússia e Hungria, concentram-se em meia dúzia de bares especializados em “fast food” que têm autorização para funcionar até mais tarde. O resto da cidade dorme, até porque Nicósia deita-se cedo e a partir das 22 horas os restaurantes fecham quase todos as portas, em especial os que ficam mais perto da “linha verde”.
Todavia, quem tiver curiosidade em saber mais coisas sobre a última capital dividida do mundo, pode sempre aproveitar estas horas tardias para percorrer a “linha verde”, parando junto às guaritas dos soldados cipriotas-gregos. A guerra entre as comunidades é também um conflito de Relações Públicas, e por isso os soldados do lado ocidental estão sempre disponíveis para uma conversa, seja a que hora for do dia ou da noite. Menos acessíveis são os capacetes azuis das Nações Unidas, que montaram os seus quartéis em terra de ninguém. São eles que têm que acalmar os ânimos sempre que há escaramuças, que são praticamente diárias.
posted by Rui Baptista at 4:13:00 da manhã
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