Um blog de Rui Baptista

domingo, setembro 12, 2004

Ficha

Localização geográfica: O Panamá fica situado na ponta-sul da América Central, entre a Costa Rica e a Colômbia. É banhado a Norte pelo mar das Caraíbas e a Sul pelo Oceano Pacífico.

Língua: A língua oficial é o espanhol, mas muita gente fala inglês.
Indicativo telefónico a partir de Portugal: 00507

Moeda: Os panamianos usam o dólar americano como moeda corrente, mas chamam-lhe Balboa. Antes de deixar o país livre-se das moedas, que não são aceites em mais lado nenhum…

Vistos: Não são necessários para os cidadãos portugueses. Não se esqueça de guardar 20 dólares para pagar a taxa de saída do país.

Vacinas: A malária está praticamente erradicada no corredor entre Cidade do Panamá e Cólon, e nas ilhas de San Blas. Mas, se vai embrenhar-se na “rainforest”, é aconselhável fazer a profilaxia da malária.

Quando ir
A melhor altura para visitar o Panamá é na época seca, que dura de meados de Dezembro até ao final de Abril, sensivelmente. Durante a estação das chuvas a humidade é extremamente elevada, em especial nas zonas de floresta. Os panamianos costumam prevenir os estrangeiros para as chuvadas torrenciais que caem a meio da tarde, pontualmente, e que duram em média uma hora. Quem vai para a floresta deve levar sapatos ou botas resistentes e impermeáveis.




Como Viajar:
A maneira mais simples é partir de Lisboa na Continental Airlines até Newark, e depois apanhar o voo para Quito, que faz escala no Panamá. A Iberia tem um voo para Cidade do Panamá que parte de Madrid e faz escala em Miami. As tarifas dependem da altura do ano

Como circular:


É fácil encontrar táxis em Panama City. São baratos e têm taxímetro. Uma experiência a não perder é a de viajar nos autocarros urbanos, coloridos, barulhentos e extremamente baratos. A maneira mais rápida de chegar a San Blas é num pequeno avião de hélices da Aeroperlas, que parte do aeroporto nacional Allbrook, na Cidade do Panamá. A viagem dura menos de uma hora e custa 40 dólares (mais ou menos 40 euros). Um aviso: certifique-se, na hora da partida, de que está no avião certo, uma vez que há pelo menos meia-dúzia de aparelhos sempre alinhados na pista, prontos a descolar para destinos diferentes com intervalos de cinco minutos. Para além disso, só desembarque depois de confirmar que está na ilha pretendida, uma vez que o avião faz diversas escalas, a primeira dos quais ainda em território continental. É muito comum que os visitantes acabem por desembarcar ainda no continente, convencidos que já estão em Porvenir, a ilha onde fica situada a principal pista de aterragem do arquipélago…

Onde ficar

Há uma grande abundância de hotéis na cidade do Panamá. Dos mais caros e luxuosos aos mais simples e baratos. Na gama alta, Ceaser Park (tel. 2700477), situado ao lado do Centro de Convenções Atlapa, estabeleceu um padrão de qualidade. Mas o ZARPAR recomenda o Miramar Intercontinental (Plaza Miramar, tel.2411000), situado perto de tudo, muito bem apetrechado e com uma vista magnífica para o Pacífico. Mais acessíveis são o Riande Continental (Cangrejo, 2639999), que tem um casino na cave, ou o Holiday In (Cangrejo, 2065600), que tem uma simpática piscina no último piso. Na mesma zona fica o modesto Hotel Marbella (2632220) onde, por 40 euros, se arranja um quarto com televisão, ar condicionado e uma ampla casa de banho.
Perto de Cólon, nas margens do Lago Gátun, fica o luxuoso Meliá Panamá Canal Hotel (4701100). Instalado na antiga escola militar das Américas, onde estudou Manuel Noriega, o hotel é simplesmente fabuloso. Infelizmente, o preço da diária é de tal forma elevado que o ZARPAR se limitou a visitar os corredores e os jardins…
Na Costa Blanca, no Pacífico, fica uma das melhores propostas do Panamá: o Hotel Decameron (tel. 9932449). A diária, com tudo incluído, custa apenas 48 dólares em apartamentos espaçosos, bem equipados e com vista para o mar. O hotel é enorme, está muito bem apetrechado, e o pessoal é de uma simpatia inexcedível.

(Hotel Decameron, na costa do Pacífico)
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Onde comer


O Panamá é um bom sítio para comer marisco a preços razoáveis. A primeira recomendação vai direitinha para a Casa del Marisco, na Avenida Balboa (na marginal), cuja cozinha John Le Carré homenageou em "O Alfaiate do Panamá". O dono é basco, os empregados não são muito simpáticos (talvez porque estejam habituados a servir os principais políticos do Panamá), mas o marisco e o peixe são execelentes. Na mesma Avenida destaca-se também "O mercado del marisco", situado no segundo andar do mercado de peixe. Perto do hotel Riande Continental, na cidade nova, fica o Manolo, um honesto restaurante de peixe e marisco, de preços muito acessíveis, que serve uma margaritas de ir às lágrimas. As entradas de mexilhões e ostras são de fiar.

(Mesa posta na Canopy Tower)
Quem quiser experimentar a comida crioula, pode sempre passar por El Trapiche, situado no mercado de artesanato da cidade velha, onde uma caçarola de tamales custa quatro dólares e dá para duas pessoas. Recomenda-se aqui a corvina, acompanhada com um molho com pedaços de lagosta e camarão. O Tinajas, na Avenida 3, oferece pratos ainda mais típicos, como "chulletas haumadas" (costeletas de porco fumadas) ou "pastel de yuca", por oito dólares. Quem não gostar de experiências, pode sempre optar por arruinar o paladar nos muitos restaurantes de "fast food" de Panama City, que estão sempre a abarrotar.

Na Avenida 3, a caminho de Fuerte Amador, fica O Tinajas, à sombra de uma enorme árvore e com vista para o Pacífico. Aqui, o peixe é sempre fresco.

(Estrada Marginal, que dá acesso ao Fuerte Amador)

A não perder
Uma incursão ao Parque Soberania, para visitar Canopy Tower em plena “rainforest”. É obrigatória também uma visita ao Fuerte Amador, onde está a nascer um porto de recreio e um hotel numa área deslumbrante, que em tempos foi uma instalação militar norte-americana. Quem tiver espírito de aventura tem que subir o Rio Chagres à procura dos índios Emberá. Informações sobre estes programas podem ser obtidas no IPAT (Instituto Panamiano de Turismo), no Centro de Convenções Atlapa.

O que comprar
Comprar artesanato na Cidade do Panamá é muito fácil, porque os vendedores montam bancas em todo o lado. Mas as melhores ofertas estão nas tribos Emberá, que esculpem e pintam e madeira (e numa semente dura que parece marfim vegetal) figuras de animais. Em San Blas, nos índios Kuna, reinam as “molas”, que são panos bordados com motivos marinhos, que as mulheres usam para tapar o peito. Em média, as “molas” custam 15 dólares. Mais baratos são os colares e as pulseiras de contas coloridas (entre um e três dólares cada).

(Artesenato Emberá)


Livros e “sites” de consulta obrigatória:
Escrito por Scott Doggett, o guia da Lonely Planet sobre o Panamá é uma obra indispensável para quem quiser conhecer o país e os seus costumes.Na Internet existem muitos “sites” sobre o Panamá, mas nenhum melhor do que o Panamainfo (www.panamainfo.com). Na Cidade do Panamá, em especial na zona de Cangrejo, é fácil encontrar “cibercafés” que cobram, em média, uma dólar por hora. É desaconselhável consultar a Internet nos hotéis, devido às tarifas escandalosamente elevadas.





A seguir: O EGIPTO
posted by Rui Baptista at 1:54:00 da manhã

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