Um blog de Rui Baptista

segunda-feira, maio 17, 2004

Presidente Osni Mubarak — Os egípcios dizem que foi eleito para sempre ou até à eternidade — o que durar mais tempo. Sucedeu a Anwar El Sadat, morto num atentado de extremistas, e tem mantido o Egipto fora das correntes fundamentalistas islâmicas, mantendo com o vizinho Israel uma relação de amor e ódio. Quando o ZARPAR estava em Sharm Al- Sheik, Mubarak visitou a cidade para participar num congresso num hotel de luxo. Em resultado da sua visita, centenas de homens montaram guarda num perimetro de meia dúzia de quilómetros em redor do aeroporto e do hotel. Ali permaneceram, horas a fio, sob uma temperatura a rondar os 40 graus, de olhos postos no deserto, protegidos do sol impiedoso simplesmente por um boné de pala e um cantil de água...


Papiros — Os egípcios não deixam as coisas por menos: os verdadeiros papiros são feitos em fábricas com nomes pomposos, como a Universidade do Papiro ou o Instituto do Papiro, quase todas situadas na estrada para as pirâmides. Lá, toma-se um chá de menta, discute-se o preço e recebe-se uma lição sobre a arte de fabricar papiros. Os preços variam, mas não encontra nada decente (pintado à mão, em papiro verdadeiro) por menos de 50 libras´. Junto às pirâmides e no bazar são vendidos papiros de imitação, feitos de folha de bananeira e estampados mecanicamente. Se pagar mais de que 2 libras por cada um destes "papiros" considere-se mau negociante...


Pirâmides — Sim, são de facto impressionantes, mesmo com milhares de turistas à volta. "Do cimo destas pirâmides três mil anos de história vos contemplam", disse um dia Napoleão aos seus soldados. Ironia das ironias: agora, as pirâmides são contempladas diariamente por pelo menos três mil turistas. As pirâmides de Gizé, a meia dúzia de quilómetros do Cairo, são três: Queops, Quefrem e Miquerinos. Existem no Egipto 97 pirâmides inteiras, mas toda a gente quer ver estas e percebe-se porquê quando se olha aqueles blocos de pedra que se erguem para o céu. À noite ocorre no local um pífio fogo de artíficio e de laser. Não vale a pena contar aqui a história destes monumentos fúnebres — essa é uma informação que pode ser obtida em qualquer guia de viagens. Mas é preciso advertir que as pirâmides são mesmo imperdíveis.


Kounikovas — Ver passar as Kournikovas é o passatempo favorito dos egípcios de Sharm Al-Sheik. As turistas russas são tantas e usam trajes tão mínimos, que os egípcios não perdem o desfile, todas as noites, enquanto bebem chá de menta e fumam sheesha.

Restaurantes — Imperdível é o restaurante do escritor Naguib Mafouz no bazar de Khan el Khalili. A comida egípcia é aromática mas não picante. Para além dos pratos já conhecidos de "Shoarma", a base é carneiro e lentilhas. No Cairo come-se bom peixe do Nilo nos restaurantes-barco ancorados nas margens. Recomenda-se na Baixa o Al Tabei (tel 5754211) e o Felfela (3922751)


Rio Nilo — É a fonte de vida do país. Irriga as terras, viabiliza a agricultura, dá o peixe. Para os egípcios é um Deus-Rio.

posted by Rui Baptista at 1:39:00 da manhã

1 Comments:

o burgesso são dez mil anos

9:59 da tarde  

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