Um blog de Rui Baptista

domingo, setembro 12, 2004

Panamá, o segredo das Américas



O Panamá é um dos mais bem preservados santuários ecológicos do mundo, mas, para muita gente, o país continua a ser visto como um mero entreposto comercial entre o Atlântico e o Pacífico, uma terra de transição entre oceanos e sub-continentes. Do Panamá conhece-se (mal) o famoso canal que corta o país ao meio, e guardam-se na memória alguns episódios da época em que era governado pelo general Manuel Noriega, que hoje envelhece numa prisão norte-americana, condenado por tráfico de drogas.
O filme de John Boorman "O Alfaiate do Panamá", inspirado no romance de John Le Carré, veio, de alguma forma, contribuir para reforçar a imagem de um país incipiente, a cujo povo parece estar reservado somente um papel secundário na risível disputa entre as principais potências económicas do mundo. O retrato é cruel e manifestamente injusto, mas diz bem da maneira paternalista como os ocidentais (em especial os americanos, que sempre consideraram o país como o seu "backyard") olharam durante muito tempo para o Panamá.
Questões políticas à parte, o Panamá é hoje uma nação orgulhosa da sua independência, celebrada em milhares de bandeiras nacionais espalhadas por todo o território, e com uma enorme confiança no futuro. Resolvida a questão da jurisdição sobre o canal do Panamá, que passou para as mãos dos panamianos em 31 de Dezembro de 1999, o país começa, finalmente, a mostrar ao mundo os seus tesouros. Que são muitos e inegavelmente preciosos, a começar por um povo festivamente crioulo, que acolhe os visitantes com uma simpatia desarmante.

Com uma área de apenas 800 km2, o Panamá possui nada menos do que 1518 ilhas, semeadas no Oceano Pacífico e no cálido mar das Caraíbas. Com os dois oceanos separados por apenas uma hora de carro, é fácil mergulhar de manhã no Pacífico e terminar o dia com umas braçadas no Atlântico. O país (que no dialecto de uma das sete tribos de índios espalhadas pelo território quer dizer "abundância de peixe") oferece alguns dos melhores locais do mundo para a prática de mergulho e pesca submarina. A Ilha de Coiba, por exemplo, (que é simultanemente um Parque Nacional e uma colónia penal) é um paraíso para os mergulhadores, com as suas praias de mangueirais e coqueiros bordadas com recifes. E a praia de Santa Catalina, na província de Veraguas, faz as delícias dos surfistas com ondas de cinco metros.
Por estes dias, a maior dificuldade para os visitantes é escolher um itinerário, tantas são as ofertas. A indefinição vivida pelo país nas últimas décadas teve, pelo menos, o mérito de manter afastadas as hordas de turistas, que todos os dias desembarcam na vizinha Costa Rica. Um ditado local diz que na Costa Rica cada pássaro é observado por 20 turistas, enquanto cada turista no Panamá pode observar 20 pássaros. O que é certo é que o Panamá tem mais espécies de pássaros do que os Estados Unidos da América e o Canadá combinados: precisamente 934, segundo as últimas contagens dos ornitólogos. E na tranquila cidade de Santa Fé, mergulhada na densa selva tropical (berço do general Omar Torrijos, que negociou com Jimmy Carter a devolução do Canal ao Panamá, em 1977) podem ser admiradas a maior e a mais pequena espécie de orquídeas do mundo.

Por pressão das tribos índias, o governo panamiano criou nos últimos anos nada menos do que 12 parques nacionais e 20 áreas protegidas. Verdadeiros santuários ecológicos, ocupam quase 80 por cento da área total do país e alguns deles começam a menos de 20 quilómetros do centro da capital, Panama City. Quem se fizer à estrada que liga a capital a Colón, no mar das Caraíbas, corre o sério risco de deparar com macacos, jaguares e pumas, que são espécies protegidas e adoradas pelos índios, para além dos inevitáveis crocodilos, que adoram passear-se pelo asfalto. E quem tiver a sorte de percorrer de barco o canal (circuitos turísticos são vendidos nos principais hotéis da capital) vai atravessar zonas de floresta luxuriante, intensa, ameaçadora, que parece pronta a recuperar o que o Homem conquistou com a perda de milhares de vidas.

Todos os dias nascem no Panamá novas estâncias turísticas, em sítios improváveis. Nas ilhas de San Blas, por exemplo, os índios Kuna gerem um aldeamento de palhotas integradas na comunidade. E na fronteira com a Costa Rica, em pleno Parque Nacional Amistad (gerido de forma partilhada pelos dois países) existem cabanas de montanha para alugar, escondidas na selva, e ideais para observar os famosos pássaros "quetzal". O mais surpreendente é que existe no meio da selva uma padaria, que todos os dias fornece aos turistas pão fresco e "pizzas" fumegantes...
Quem não gostar de selva, vida selvagem ou praias de águas cálidas, pode sempre optar por visitar as marcas deixadas no Panamá pelos sucessivos ocupantes. A pensínsula de Azuero, no centro do país, parece um pedaço de Espanha arrancado à Pensínsula Ibérica e lançado ao Pacífico. Por todo o lado existem fortes militares, marcando a rota percorrida pelo ouro vindo do Perú, lado a lado com aldeias índias cuja história remonta a milhares de anos . E vestígios da ocupação colombiana podem ser encontrados nas principais cidades, em especial na zona velha de Panama City.

O Panamá é um segredo à espera de ser descoberto. Com condições naturais extraordinárias, o país permanece como um destino pouco procurado pelos turistas europeus, sendo praticamente ignorado pelos viajantes portugueses. Do Panamá ouve-se falar do famoso Canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico e pouco mais. Está na hora de corrigir essa injustiça e desvendar os tesouros do chamado "coração das Américas".
O país é relativamente pequeno, mas alberga algumas preciosidades, a começar por uma enorme mancha florestal que só encontra comparação na vizinha Costa Rica. Embora Cidade de Panamá, a capital, esteja descaracterizada pela construção de arranha-céus de gosto duvidoso, o chamado Casco Viejo mantém viva a tradicional arquitectura colonial espanhola. Existem nesta área prédios lindíssimos, como o Teatro Nacional, e outros em que apetece morar, como a casa florida e fresca do actor e cantor panamiano Rubén Blades. A bela Praça de França, junto ao prédio da embaixada francesa, justifica por si só uma ida até ao Casco Viejo, onde bordéis e bares manhosos coabitam com restaurantes de luxo e salas de espectáculos. O ar cheira a uma estranha mistura de baunilha e maresia, e à noite os sons escaldantes de salsas, cumbias, bachatas e boleros escapam-se das portas mal fechadas dos bares. Cangrejo, com os seus restaurantes, casinos e e lojas de artesanato é outra área da Cidade do Panamá que merece uma visita.
Mas os melhores tesouros do Panamá estão fora da capital, embora a uma distância relativamente curta. Basta, por exemplo, seguir pela margem do Canal na direcção de Cólon, e depois tomar a estrada que atravessa o Parque Nacional Soberania. Ali, a meia hora de Cidade do Panamá, vivem 525 espécies de pássaros e 105 espécies de mamíferos, incluindo o esquivo jaguar. A estrada nacional que atravessa o parque, ligando Cidade do Panamá e Cólon, é lindíssima, serpenteando através de árvores de grande porte e de mata cerrada. Um desvio à direita, a meio-caminho, permite chegar a Canopy Tower, um posto de observação de vida selvagem instalado na torre de um antigo radar norte-americano. Mais à frente, junto ao rio Chagres, que alimenta o Canal, ergue-se o majestoso Hotel Gamboa. Dali pode partir-se em expedição de piroga até aos índios Emberá.

Depois de Cólon, a segunda cidade do Panamá, surge finalmente o oceano Atlântico. A costa, recortada por centenas de enseadas e baías naturais, estende-se até à cidade histórica de Portobelo, onde ainda são visíveis as ruínas dos fortes construídos pelos espanhóis para defenderem aquele quer era considerado o melhor porto de mar das Américas (um dos fortes foi desmontado pelos norte-americanos, que usaram as pedras para construir uma protecção para a embocadura do Canal). Os coqueiros e as mangueiras avançam pelas praias até às águas cálidas das Caraíbas, e pequenos restaurantes, sóbrios mas muito baratos, escondem-se nas curvas das estradas. Há pouca gente em Portobelo, e por isso pode-se andar por largos períodos sem ver ninguém. Ali chove todos os dias, mesmo durante a estação seca, mas a água é morna e transforma-se em vapor mal toca na terra quente, deixando toda a zona mergulhada numa névoa misteriosa.
Sempre com a Cidade de Panamá como referência, pode optar-se antes por uma incursão a sul, pela costa do Pacífico. Existem poucas dezenas de quilómetros de auto-estrada à volta da capital, por isso o melhor é tomar a estrada nacional para Coronado, que passa ao largo da península de Punta Chame. Entre Coronado e Penomé, capital da província de Coclé, situa-se o melhor conjunto de praias do Pacífico, numa zona conhecida como Costa Blanca devido à brancura das suas areias (a maior parte das praias do Pacífico são de areia negra). Esta zona tem um micro-clima que lhe permite ter sol todo o ano. As temperaturas são normalmente muito elevadas, mas quem se der mal com o calor pode sempre refugiar-se em Valle de Anton, a 40 minutos de distância, ou em Valle Esperanza, a meia-hora de Penonomé. Ali está-se em plena "rainforest", sendo possível fazer caminhadas através de um bosque tropical chuvoso, ou deslizar sobre as copas das árvores, sentado numa cadeira presa a um cabo de aço. A experiência é inesquecível.

(Hotel Gamboa Resort)
Obviamente que ninguém pode ter a ambição de descobrir todo o Panamá em apenas uma ou mesmo duas viagens. Fora deste roteiro ficam lugares espantosos como o arquipélago de Bocas del Toro, a Costa do Mosquito ou o Parque Nacional Amistad, cuja gestão é partilhada com a Costa Rica. Mas os textos que se seguem podem servir como orientação para quem esteja disponível para conhecer este pequeno país, que vale bem a pena descobrir.
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O tal Canal

O Panamá é o país ideal para ver navios. O Canal do Panamá, que liga o oceano Atlântico ao Pacífico através de um engenhoso sistema de comportas, é uma das principais fontes de rendimento do país e uma atracção fortíssima para os turistas. Todos os dias é atravessado por navios cargueiros de grande porte, sob o olhar atento de centenas de pessoas, armadas com câmaras de vídeo e máquinas fotográficas. O espectáculo pouco tem de emocionante, mas constitui passagem obrigatória para quem visita o Panamá.
Os panamianos são muito ciososo do seu Canal, o que não surpreende se pensarmos que o destino do país esteve (e continua a estar, embora agora menos) dependente do êxito comercial da travessia. Milhares de homens morreram para que o Panama Canal fosse construído, e em seu nome houve levantamentos populares, tentativas de golpes de Estado e crises políticas graves.


Nas últimas décadas os panamianos encararam o Canal como símbolo máximo da sua soberania, e só se consideraram verdadeiramente independentes e senhores do seu destino quando os americanos lhes entregaram a gestão do Canal, em 31 de Dezembro de 1999. Nesse dia começou uma festa que ainda hoje dura nas ruas de Panama City, onde são frequentes manifestações espontâneas de orgulho nacional, assinaladas com os habituais disparos para o ar. Um costume que espanta os turistas, mas que nada tem de agressivo, embora seja relativamente perigoso.
O Canal começou a ser construído ainda durante a ocupação colombiana, em 1881, pelo francês Ferdinand Lesseps, e desde o primeiro minuto revelou-se um tarefa descomunal. Nada menos do que 22 mil homens morreram nesta fase, vítimas de malária e febre amarela. A companhia de Lesseps foi à falência em 1889, e o sonho do Canal só seria retomado já depois de o Panamá se ter tornado independente da Colômbia, em 1903, com a ajuda dos Estados Unidos da América (EUA). No ano seguinte as obras recomeçaram sob a direcção do coronel George Washington. A vacinação massiva dos trabalhadores preveniu os surtos de febre amarela, mas mesmo assim morreram dezenas de milhares de pessoas vítimas de malária, deslizamentos de terras e outros acidentes. Em 15 de Agosto de 1914 o Canal foi, finalmente, inaugurado.
A contestação ao tratado entre o Panamá e os EUA, que estendia a sobreania americana sobre o Canal a uma zona de oito quilómetros a contar a partir de cada margem, começou imediatamente e durou até 1999. Houve diversos levantamentos populares, alguns reprimidos pelos governos locais, outros pelos americanos, que tinham na zona um forte contigente militar. O passo fundamental para a devolução ocorreu em 1977, quando o general Omar Torrijos conseguiu que o presidente Carter se comprometesse a devolver o Canal ao Panamá no último dia de 1999. O escritor inglês Graham Greene seguiu de perto as negociações e escreveu mesmo um livro que é uma das referências sobre este período da história panamiana ("O meu amigo general", 1984, Editora Tricontinental).
Visitar o Canal é hoje muito fácil. A maior parte dos hotéis oferece viagens a diversos pontos de observação, é possivel navegar no Canal e até sobrevoá-lo de helicoptero, como fez António Guterres durante a última cimeira ibero-americana de Chefes de Estado e do Governo, que decorreu em Panama City. Mas, para se ter uma ideia das dificuldades encontradas pelos construtores, nada melhor que mergulhar na selva, e ver como a Natureza recuperou já muitas das áreas conquistadas com suor e sangue pelos homens.

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10 curiosidades sobre o Panamá

1 — O explorador espanhol Rodrigo de Bastidas descobriu o istmo do Panamá em 1501. Um ano depois, Cristóvão Colombo pisou finalmente o território, na sua quarta e última viagem ao continente americano. Mas quem primeiro percebeu as potencialidades do país foi Vasco Nunez de Balboa, que vaticinou que o Panamá viria a servir de ponto de ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

2 — Francisco Pizarro, o conquistador espanhol que arrasou o império do Incas, usou o Panamá como ponto de partida para as suas expedições ao Perú. Mais tarde, grande parte do ouro saqueado por Pizarro seguiu para Espanha através dos portos panamianos de Nombre de Dios e Portobelo. A trilhas do ouro através da floresta (Camino Real e Camino de Cruces) podem ainda hoje ser visitadas.

3 — A primeira cidade do Panamá (Panama La Vieja) foi atacada diversas vezes pelo pirata inglês Henry Morgan, acabando por ser saqueada. Foi mais tarde reconstruída mais para o interior, numa área conhecida hoje como Casco Viejo. Morgan era o terror dos espanhóis, e fez incursões violentas também em Portobelo, arrasando tudo à sua passagem.

(Panama La Vieja)

4 — O Panamá é uma nação mestiça. A composição étnica do país é uma mistura de europeus e indígenas, como os Kuna, os Emberá, os Guaymis e os Chocos. Durante a construçao do Canal chegaram ao país trabalhadores chineses, indianos e africanos.

(Retrato de um índio Emberá)

5 — Em 1903, os Estados Unidos da América apoiaram o Panamá na luta pela independência contra a Colômbia. Em troca, os americanos reclamaram soberania sobre as duas margens do Canal, que começou a ser construído em 1881 pelo francês Ferdinand de Lesseps, mas que só ficou concluído em 1914, sob a condução de George Washington (sem parentesco com o presidente americano do mesmo nome).

6 — O Canal do Panamá tem 80 quilómetros de extensão e liga os oceanos Atlântico e Pacífico. Funciona através de um elaborado sistema de comportas, e a travessia tem uma duração média de 8 a 10 horas. A sua construção custou a vida a cerca de 30 mil pessoas, vitimadas por acidentes, e por surtos de malária e febre amarela.

7 — O Canal do Panamá é o único lugar do mundo onde os comandantes dos navios militares são obrigados a ceder o controlo do barco durante a travessia. Uma equipa de 200 pilotos encarrega-se de levar os barcos de um oceano ao outro sem acidentes.

8 - A ponte das Américas é a única ligação terrestre entre as duas margens do Canal. Na prática, a ponte inaugurada em 1962 liga a América do Norte à América do Sul


9 — Depois de muitos protestos dos panamianos, os americanos acabaram por aceitar renunciar à soberania sobre a chamada Zona (um corredor que se estendia por oito milhas em cada margem). O acordo foi assinado em 1977, pelos presidentes Carter e Omar Torrijos.

10 — O controle sobre o Canal passou para o Panamá em 31 de Dezembro de 1999. Na mesma altura, os americanos cederam aos panamianos diversos aquartelamentos militares, nomeadamente a base militar de Allbrook, que hoje serve de aeroporto para voos internos.

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Um hotel de luxo no meio da floresta

(Átrio do Gamboa)

Para perceber melhor a grandiosidade do Gamboa Rainforest Resort, considerado um dos melhores hotéis do mundo, é preciso cruzar o rio Chagres até à outra margem. Só daquele ponto de observação, a menos de uma centena de metros do Canal do Panamá, é possível ter uma visão de conjunto do hotel. Primeiro repara-se nas árvores que crescem a partir do rio, mas depois o olhar é atraído pelos cinco enormes painéis de vidro que abrangem a giganteca recepção do hotel, e pelos telhados verdes que correm dezenas de metros até se perderem na vegetação. Definitivamente, o hotel tem qualquer coisa de sumptuoso, mas ao mesmo tempo consegue o milagre de se integrar harmoniosamente na paisagem.
Chega-se ao hotel através do Parque Soberania, atravessando uma zona de belas casas de madeira que serviram de habitação aos americanos que dirigiram o Canal. Hoje é possível arrendar aquelas casas, que entretanto foram recuperadas, por cerca de 200 euros por dia. O preço é elevado, é certo, mas as casas estão preparadas para receber pelo menos quatro pessoas, além de que há prazeres que valem o esforço.
Os quartos do hotel, instalado numa área que cobre 340 hectares de floresta, ficam em "bungalows" aos quais se chega através de corredores de madeira suspensos no meio das árvores. O hotel tem todos aqueles confortos desejados pelo turista mais exigente (piscina, uma enorme e bem apetrechada biblioteca, um "spa" com serviço de massagens, "room service" permanente, etc., etc.), mas o seu maior encanto reside na proximidade do rio e na floresta tropical que o rodeia. O Chagres, que alimenta de água o Canal, está infestado de crocodilos ("lagartos", na gíria local), mas isso não impediu os actores Pierce Brosnan e Jamie Lee Curtis de ali se banharem durante as gravações do filme "O Alfaiate do Panamá". À noite, é possível tomar um barco na marina do hotel e ir rio acima ver os crocodilos, que ficam como que hipnotizados pela luz das lanternas.
Uma maneira menos perigosa de passar o tempo consiste em apanhar manhã cedo um teleférico que sobrevoa a copa das árvores.

(Teleférico do Gamboa Resort)
Durante mais de uma hora, no mais completo silêncio, é possível observar os animais no seu habitat natural. O ZARPAR deu de caras com uma preguiça, muitos macacos e iguanas e até uma cobra enrolada num ramo de árvore. A viagem de teleférico, montanha acima, começa numa torre de madeira e metal erguida no meio da floresta, a um quarto de hora de distância do hotel. O Gamboa, por força de um acordo com as autoridades florestais, mantém em funcionamento uma estufa de criação de borboletas, um serpentário com reptéis recolhidos na selva, e até um mini-zoológico em que os crocodilos e os jacarés são as principais atracções. Mas o melhor mesmo é acordar manhã cedo com o canto de dezenas de pássaros, num quarto virado para o rio, enquanto a neblina esconde a copa da floresta.

Ficha:
Gamboa Rainforest Resort. 155 quartos, vilas e apartamentos. Preços desde 180 dólares até 800 dólares por noite. Reservas através do número 3149000 ou pelo endereço electrónico reservations@gamboaresort.com.
Web Site: www.gamboaresort.com

(Varanda onde é servido o pequeno-almoço)
posted by Rui Baptista at 2:42:00 da manhã 0 comments

Uma torre para ver animais



Uma das grandes atracções do Parque Sobernia é a Canopy Tower, um dos mais famosos posto de observação de pássaros do mundo. Consiste, basicamente, numa torre de madeira e metal erguida no coração da floresta, encimada por uma cúpula redonda, que mais parece uma enorme bola de futebol. Em tempos serviu de casa a uma radar da aviação dos Estados Unidos da América, mas há cerca de uma dezena de anos foi reconvertida em posto de observação de animais.
A ausência de ruídos provocados pelos homens é o que mais impressiona na Canopy Tower, à qual se chega através de uma estrada íngreme, estreita e escorregadia que corta a floresta. No interior da torre foram construídos três pisos de quartos de madeira virados para a floresta. Os quartos são espartanos, com camas de madeira, grandes janelas de vidro encostadas ás árvores e casas de banho mínimas, mas custam mais de 200 euros por noite. Apesar disso, estão sempre ocupados por ornitólogos idos de todos os pontos do mundo.

(Suite na Canopy Tower)
O tecto da torre é um dos locais mais requisitados pelos visitantes, mas a área nobre é mesmo o último andar, onde funciona a cozinha e a sala de refeições. Existe mesmo uma pequena biblioteca e redes de descanso estão penduradas no tecto, estratégicamente viradas para a floresta.
Quem não quiser instalar-se na torre, pode simplesmente visitá-la, como fez o ZARPAR. E se isso acontecer, não se esqueça de pedir a um dos quatro empregados permanentes que lhe sirva um refresco de "guanabana", uma fruta que cresce na floresta. É simplesmente delicioso.

posted by Rui Baptista at 2:37:00 da manhã 0 comments

Paraíso caribenho


O arquipélago de San Blas, pátria do índios Kuna, é composto por 365 ilhas, uma por cada dia do ano. Fica situado na costa norte do Panamá, no mar das Caraíbas, e é um daqueles sítios a quem ninguém consegue ficar indiferente. A dificuldade nos acessos e a vigilância apertada dos índios Kuna, conseguiram o milagre de preservar este verdadeiro paraíso caribenho.
Chegar a Porvenir, a primeira ilha do arquipélago, não é complicado — basta apanhar um pequeno avião em Cidade do Panamá. O mais complicado é depois circular entre as ilhas, algumas separadas apenas escassas centenas de metros. Quem não falar espanhol ou arranhar o dialecto "kuna" corre o risco de ficar sitiado numa qualquer ilhota, sem conseguir arranjar uma "pirágua" (uma piroga escavada num tronco de árvore") que lhe permita mudar de poiso ou chegar ao continente. Já tem havido casos de pessoas que passaram dias em ilhotas desertas, à espera de uma "pirágua" que nunca mais chega...
O índios são muito reservados e não gostam particularmente de visitantes. Negociantes argutos, produzem e vendem cocos aos vizinhos colombianos. Um tratado assinado com o Governo do Panamá concedeu-lhes isenção de impostos, e obriga à revista de todos os visitantes que chegam ao continente provenientes do arquipélago. Os poucos hotéis que existem nas ilhas são muito rudimentares, não passando de cabanas construídas com canas e chão de areia. As casas de banho são colectivas, e só algumas ilhas têm energia eléctrica fornecida por um gerador ,que é ligado durante um par de horas ao caír da noite. A excepção é o Hotel San Blas, na ilhota de Nalunega, que por 35 dólares, oferece um "bungalow" dividido ao meio por tabiques muito finos. Quando alguém ressona no hotel, é certo e sabido que vai incomodar todos os hóspedes, com este escriba descobriu à sua custa...

Existe entre os Kunas um número extraordinário de albinos, que são considerados pelo resto da população como sendo seres superiores, mais inteligentes e bem preparados. Esta espécie de discriminação ao contrário faz com que os albinos ocupem um lugar de destaque na maior parte das ilhotas, quase sempre exercendo lugares de chefia ou controlando o comércio. As mulheres ocupam-se das tarefas da casa, e produzem as célebres "molas" (bordados com motivos marinhos) que são uma das fontes de receita da nação Kuna.
O mar das Caraíbas é de uma transparência cristalina, mas não é aconselhável nadar nas praias das ilhotas mais populosas, uma vez que os Kunas constroem as suas casas de banho no fim de pontões de madeira que entram algumas dezenas de metros pelo mar. O ideal é tomar uma "pirágua" para uma qualquer ilhota deserta (são a maioria) para aí fazer mergulho entre o corais, ou simplesmente nadar no meio de peixes coloridos. À noite, quando o gerador é desligado, o único barulho que chega até às cabanas de cana é o som eterno das ondas do mar.
posted by Rui Baptista at 2:33:00 da manhã 0 comments

De piroga, com os índios

Os Emberá são uma das mais interessantes tribos de índios do Panamá. Ao contrário dos Kuna, que há algumas centenas de anos emigraram para as ilhotas de San Blas, os Emberá permaneceram à beira dos rios que cortam o país, no coração da floresta tropical. Visitá-los pode tornar-se numa verdadeira aventura.
No dia em que ZARPAR iniciou a viagem para conhecer os Emberá, desabou sobre a região de Chilitre uma verdadeira tempestade tropical que fez engrossar o rio Chagres. Subir o rio contra a corrente tornou-se, assim, uma tarefa ainda mais difícil. A água caía com tanta força que era difícil manter os olhos abertos, o rio arrastava no seu caminho troncos de árvores e a floresta parecia mergulhada em brumas. Indiferentes à tempestade, dois Emberá conduziam a piroga com mão segura. O mais velho ia ao leme, embrulhado apenas nuns panos cerimoniais coloridos, enquanto o mais novo, de pé à popa da embarcação, desviava com uma vara os troncos de árvore e sondava as águas para encontrar o melhor caminho.

(Entrada da aldeia Emberá de Chagres)

Por vezes, nas curvas do rio, encontravam-se outros índios Emberá a pescar com umas linhas grossas e a tiritarem de frio por causa da chuva. Após largas horas de viagem, chegámos finalmente à aldeia Emberá, onde fomos recebidos por um grupo de crianças nuas. Ironicamente, foi nesse momento que parou de chover.
Os Emberá são originários da região de Dárien, mas muitos emigraram há algumas décadas para a zona do rio Chagres, não muito longe da Cidade do Panamá, onde a vida é menos dura. Vivem do que caçam, e do que dá a floresta, praticando uma agricultura de subsistência. Nos últimos anos, o Governo panamiano colocou em cada comunidade um professor para ensinar, fundamentalmente, a língua espanhola. Alexis, a professora da comunidade visitada pelo ZARPAR, vai quatro vezes por ano à Cidade do Panamá. O resto do tempo passa-o na única casa de cimento e tijolo existente na aldeia, que serve de escola e moradia.
Os Emberá são hábeis artesãos. Esculpem figuras de animais em madeira e bambu, e constroem casas sólidas com varas de madeira e folhas de palma. As crianças são consideradas filhos de toda a comunidade, e só recebem nome quando chegam à puberdade. É extremamente raro que um Emberá abandone a sua comunidade, seduzido pelos confortos ocidentais.
Quem estiver interessado em visitar uma comunidade Emberá deverá informar-se no IPAT (Instituto Panamiano de Turismo), no edifício Atlapa, em Cidade do Panamá. Alguns hotéis, como o Gamboa Rainforest Resort, oferecem excursões de piroga a alguma comunidades próximas, que duram apenas um dia.
posted by Rui Baptista at 2:28:00 da manhã 0 comments

MacDonalds e Salsa

É espantoso o numero de restaurantes da MacDonals que existem em Panama City. A cara do palhaço Ronald e as fotografias dos Big Mac estão por todo o lado, comprovando que os americanos podem ter cedido a gestão do Canal mas não abandonaram o país. Aliás, os restaurantes de "fast food" invadiram até o bem conservado Casco Viejo da cidade, competindo com as casas da comida crioula, onde a bandeira panamiana é o principal objecto de decoração.
Panama City é uma cidade de contrastes. De um lado a arquitectura colonial espanhola, bem preservada, do outro os arranha-céus platinados e as obras monumentais do regime. Panamá é um paraíso fiscal, e por isso dezenas de bancos instalaram-se na cidade nos últimos vinte anos. O negócio das bandeiras de conveniência dos navios atraíu também gente de todo o mundo ao país, dando-lhe um falso ar cosmopolita

Na cidade existem hotéis para todos os gostos e todas as bolsas. Os mais requintados, como o Ceaser Park ou o Riande têm casinos que funcionam de dia e de noite, sempre com a presença de batalhões de mulheres, prontas a incentivar os apostadores e a consolar os perdedores.
Panama City é uma cidade barulhenta. Mal rompe o sol começa o coro das buzinas, que há-de de durar o dia inteiro, misturado com os pregões dos vendedores de rua. Quem não gostar de música deve abandonar a cidade rapidamente, porque de todas as janelas e portas se escapam boleros, rumbas, bachatas, numa mistura de por o sangue a ferver. À noite a cidade fervilha com concertos de salsa, jazz, merengue. Os locais dos espectáculos raramente são fixos, por isso o melhor é seguir o roteiro Talingo, publicado aos fins de semana pelo jornal "La Prensa". E estar preparado para passar a noite a beber "margaritas" letais entre dois passos de dança.
posted by Rui Baptista at 2:25:00 da manhã 0 comments

Vamos a la playa


(Talanega, San Blas)

No Panamá, ir praia é uma devoção nacional. Também não admira. Morando num país banhado por dois oceanos, os panamianos têm muito que escolher. A começar pelas águas cálidas das Caraíbas, passando pelas quedas de água das praias do Pacífico e terminando no sossego das mais de 1500 ilhas, algumas delas inabitadas.
A debandada para as praias começa aos sábados de manhã, bem cedo, e quase entope as saídas de Panamá City e de Cólon, a segunda cidade do país. Fazer uma lista das melhores praias do país não é fácil porque cada panamiano tem o seu local favorito. Afinal, os panamianos não são mais do que 2.7 milhões, o que, contas feitas, dá mais de 500 metros de praia por habitante. E que praia...
De qualquer forma, aqui ficam algumas sugestões. A começar por Bocas del Toro, perto da fronteira com a Costa Rica, no mar das Caraíbas. Mais para sul fica a famosa Costa do Mosquito, tornada célebre por um filme estrelado por Harrison Ford. Junto a Panama City recomenda-se as ilhas Taboga e Urabá, onde se chega em carreiras regulares de barco que partem da zona portuária da cidade. O grande atractivo deste programa é o de que se pode visitar um dos muitos parques nacionais das redondezas, nomeadamente o luxuriante Parque Metropolitano.
Mas o local favorito dos habitantes da capital é mesmo o arquipelago de San Blas, situado na costa atlântica, a cerca de 100 quilómetros de Panama City. A água é morna, a areia branca e fina e os coqueiros e mangueiras entram pelo mar, como naquelas imagens que se vêem nos bilhetes postais.

posted by Rui Baptista at 2:21:00 da manhã 0 comments

Ficha

Localização geográfica: O Panamá fica situado na ponta-sul da América Central, entre a Costa Rica e a Colômbia. É banhado a Norte pelo mar das Caraíbas e a Sul pelo Oceano Pacífico.

Língua: A língua oficial é o espanhol, mas muita gente fala inglês.
Indicativo telefónico a partir de Portugal: 00507

Moeda: Os panamianos usam o dólar americano como moeda corrente, mas chamam-lhe Balboa. Antes de deixar o país livre-se das moedas, que não são aceites em mais lado nenhum…

Vistos: Não são necessários para os cidadãos portugueses. Não se esqueça de guardar 20 dólares para pagar a taxa de saída do país.

Vacinas: A malária está praticamente erradicada no corredor entre Cidade do Panamá e Cólon, e nas ilhas de San Blas. Mas, se vai embrenhar-se na “rainforest”, é aconselhável fazer a profilaxia da malária.

Quando ir
A melhor altura para visitar o Panamá é na época seca, que dura de meados de Dezembro até ao final de Abril, sensivelmente. Durante a estação das chuvas a humidade é extremamente elevada, em especial nas zonas de floresta. Os panamianos costumam prevenir os estrangeiros para as chuvadas torrenciais que caem a meio da tarde, pontualmente, e que duram em média uma hora. Quem vai para a floresta deve levar sapatos ou botas resistentes e impermeáveis.




Como Viajar:
A maneira mais simples é partir de Lisboa na Continental Airlines até Newark, e depois apanhar o voo para Quito, que faz escala no Panamá. A Iberia tem um voo para Cidade do Panamá que parte de Madrid e faz escala em Miami. As tarifas dependem da altura do ano

Como circular:


É fácil encontrar táxis em Panama City. São baratos e têm taxímetro. Uma experiência a não perder é a de viajar nos autocarros urbanos, coloridos, barulhentos e extremamente baratos. A maneira mais rápida de chegar a San Blas é num pequeno avião de hélices da Aeroperlas, que parte do aeroporto nacional Allbrook, na Cidade do Panamá. A viagem dura menos de uma hora e custa 40 dólares (mais ou menos 40 euros). Um aviso: certifique-se, na hora da partida, de que está no avião certo, uma vez que há pelo menos meia-dúzia de aparelhos sempre alinhados na pista, prontos a descolar para destinos diferentes com intervalos de cinco minutos. Para além disso, só desembarque depois de confirmar que está na ilha pretendida, uma vez que o avião faz diversas escalas, a primeira dos quais ainda em território continental. É muito comum que os visitantes acabem por desembarcar ainda no continente, convencidos que já estão em Porvenir, a ilha onde fica situada a principal pista de aterragem do arquipélago…

Onde ficar

Há uma grande abundância de hotéis na cidade do Panamá. Dos mais caros e luxuosos aos mais simples e baratos. Na gama alta, Ceaser Park (tel. 2700477), situado ao lado do Centro de Convenções Atlapa, estabeleceu um padrão de qualidade. Mas o ZARPAR recomenda o Miramar Intercontinental (Plaza Miramar, tel.2411000), situado perto de tudo, muito bem apetrechado e com uma vista magnífica para o Pacífico. Mais acessíveis são o Riande Continental (Cangrejo, 2639999), que tem um casino na cave, ou o Holiday In (Cangrejo, 2065600), que tem uma simpática piscina no último piso. Na mesma zona fica o modesto Hotel Marbella (2632220) onde, por 40 euros, se arranja um quarto com televisão, ar condicionado e uma ampla casa de banho.
Perto de Cólon, nas margens do Lago Gátun, fica o luxuoso Meliá Panamá Canal Hotel (4701100). Instalado na antiga escola militar das Américas, onde estudou Manuel Noriega, o hotel é simplesmente fabuloso. Infelizmente, o preço da diária é de tal forma elevado que o ZARPAR se limitou a visitar os corredores e os jardins…
Na Costa Blanca, no Pacífico, fica uma das melhores propostas do Panamá: o Hotel Decameron (tel. 9932449). A diária, com tudo incluído, custa apenas 48 dólares em apartamentos espaçosos, bem equipados e com vista para o mar. O hotel é enorme, está muito bem apetrechado, e o pessoal é de uma simpatia inexcedível.

(Hotel Decameron, na costa do Pacífico)
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Onde comer


O Panamá é um bom sítio para comer marisco a preços razoáveis. A primeira recomendação vai direitinha para a Casa del Marisco, na Avenida Balboa (na marginal), cuja cozinha John Le Carré homenageou em "O Alfaiate do Panamá". O dono é basco, os empregados não são muito simpáticos (talvez porque estejam habituados a servir os principais políticos do Panamá), mas o marisco e o peixe são execelentes. Na mesma Avenida destaca-se também "O mercado del marisco", situado no segundo andar do mercado de peixe. Perto do hotel Riande Continental, na cidade nova, fica o Manolo, um honesto restaurante de peixe e marisco, de preços muito acessíveis, que serve uma margaritas de ir às lágrimas. As entradas de mexilhões e ostras são de fiar.

(Mesa posta na Canopy Tower)
Quem quiser experimentar a comida crioula, pode sempre passar por El Trapiche, situado no mercado de artesanato da cidade velha, onde uma caçarola de tamales custa quatro dólares e dá para duas pessoas. Recomenda-se aqui a corvina, acompanhada com um molho com pedaços de lagosta e camarão. O Tinajas, na Avenida 3, oferece pratos ainda mais típicos, como "chulletas haumadas" (costeletas de porco fumadas) ou "pastel de yuca", por oito dólares. Quem não gostar de experiências, pode sempre optar por arruinar o paladar nos muitos restaurantes de "fast food" de Panama City, que estão sempre a abarrotar.

Na Avenida 3, a caminho de Fuerte Amador, fica O Tinajas, à sombra de uma enorme árvore e com vista para o Pacífico. Aqui, o peixe é sempre fresco.

(Estrada Marginal, que dá acesso ao Fuerte Amador)

A não perder
Uma incursão ao Parque Soberania, para visitar Canopy Tower em plena “rainforest”. É obrigatória também uma visita ao Fuerte Amador, onde está a nascer um porto de recreio e um hotel numa área deslumbrante, que em tempos foi uma instalação militar norte-americana. Quem tiver espírito de aventura tem que subir o Rio Chagres à procura dos índios Emberá. Informações sobre estes programas podem ser obtidas no IPAT (Instituto Panamiano de Turismo), no Centro de Convenções Atlapa.

O que comprar
Comprar artesanato na Cidade do Panamá é muito fácil, porque os vendedores montam bancas em todo o lado. Mas as melhores ofertas estão nas tribos Emberá, que esculpem e pintam e madeira (e numa semente dura que parece marfim vegetal) figuras de animais. Em San Blas, nos índios Kuna, reinam as “molas”, que são panos bordados com motivos marinhos, que as mulheres usam para tapar o peito. Em média, as “molas” custam 15 dólares. Mais baratos são os colares e as pulseiras de contas coloridas (entre um e três dólares cada).

(Artesenato Emberá)


Livros e “sites” de consulta obrigatória:
Escrito por Scott Doggett, o guia da Lonely Planet sobre o Panamá é uma obra indispensável para quem quiser conhecer o país e os seus costumes.Na Internet existem muitos “sites” sobre o Panamá, mas nenhum melhor do que o Panamainfo (www.panamainfo.com). Na Cidade do Panamá, em especial na zona de Cangrejo, é fácil encontrar “cibercafés” que cobram, em média, uma dólar por hora. É desaconselhável consultar a Internet nos hotéis, devido às tarifas escandalosamente elevadas.





A seguir: O EGIPTO
posted by Rui Baptista at 1:54:00 da manhã 0 comments