Um blog de Rui Baptista

domingo, maio 02, 2004

Rio de Janeiro

Estado de felicidade

Praias magníficas, uma serra de cortar a respiração e paisagens de sonho. O Estado do Rio de Janeiro é um daqueles destinos bonitos por natureza.Bem vindos a esta jornada por um dos Estados mais fascinantes do Brasil.


Em poucos sítios do Brasil as palavras de Jorge Ben Jor ("Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza") fazem mais sentido do que em Angra dos Reis. É difícil ficar insensível a tanta beleza: enseadas de água tranquila, ilhas de vegetação luxuriante que parecem ter sido derramadas num mar verde-esmeralda e um céu eternamente azul, insuportavelmente azul, gloriosamente azul. Apetece ficar ali para sempre, à sombra de um "ipê" rubro (árvore tropical de grande porte), de caipirinha na mão e pés enfiados na água morna.

Angra e tudo à volta é apenas um dos muitos tesouros do Estado do Rio de Janeiro (antigo Estado de Guanabara). Copacabana, Ipanema, o Pão de Acúcar e o Corcovado são símbolos da cidade do Rio de Janeiro, conhecidos em todo o mundo. Mas para lá da Ponte de Niterói estende-se um fascinante Estado do Rio de Janeiro, muito mal conhecido dos visitantes portugueses. Um Estado que mistura praias de sonho e cidades imperiais, cachoeiras e mata atlântica, centenárias fazendas de café e comunidades que parecem paradas no tempo. Sem exageros: o Estado do Rio de Janeiro é um mundo. Fascinante, diversificado e muito belo.
Cruzar o Estado do Rio é uma tarefa que exige tempo e disponibilidade. A actual cotação do Real perante o Euro torna a aventura mais fácil e mais barata. O Estado é também muito mais seguro do que a cidade do Rio, onde, apesar da apertada vigilância das autoridades policiais, se registam diariamente incidentes. No interior do Rio a vida decorre num ritmo mais repousado e existem cidades, como a colónia finlandesa de Penedo, onde basta fechar a porta de casa com o trinco.
O Rio pode ser descoberto de muitas maneiras, mas nenhuma se afigura melhor do que começar por Paraty, no extremo sul, e depois avançar de barco para Angra dos Reis, uma zona da costa onde os ricos e os belos têm casas de praia. E daí seguir de carro ou autocarro para o interior através das vias interestaduais BR116 e BR393, duas autoestradas muito movimentadas que permitem o acesso à zona serrana e ao Vale da Paraíba, onde se situam as magníficas fazendas de café que fizeram a fortuna do Rio no século XIX. Seguem-se as cidades imperiais de Petrópolis e Teresópolis, separadas pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos, e depois a descida para Armação dos Búzios, uma península de uma beleza espantosa, com uma animação nocturna arrasadora.

O trajecto que lhe propomos pelo Estado do Rio necessita de pelo menos duas semanas para ser desfrutado minimamente. Mas o ideal é passear com vagares pelas belezas do Estado do Rio, ou então fazer incursões espaçadas no tempo, deixando-se sempre conduzir pelos sentidos.
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Paraty



Jóia colonial

Há duas maneiras de descobrir Paraty. A mais fácil, barata e cansativa (mas também mais recompensadora) é percorrer as ruas do centro histórico, calcetadas com enormes lajes irregulares de pedra. A alternativa é pagar 15 euros para apanhar uma "escuna" (barco tradicional de recreio) no cais e depois seguir navegar pelas praias e ilhotas que rodeiam Paraty. Vista do mar, a cidade é simplesmente encantadora, com os seus sobradões (casas de dois pisos cobertas com telha mediterrânica) espelhados nas águas mansas da baía.
Paraty foi fundada por portugueses no século XVII e o seu nome (que pode também ser grafado como Parati) deriva de um palavra dos índios "tupi" que significa peixe pequeno. Construída a partir do mar, a cidade estende-se em leque para o interior, numa disposição tipicamente portuguesa. A fachada das casas fica rente às ruas, e nas traseiras erguem-se pátios fechados que são verdadeiros oásis de frescura.
Paraty conheceu um primeiro surto de desenvolvimento nos séculos XVII e XVIII, servindo de porto de escoamento ao ouro extraído em Minas Gerais. A cultura de café nas fazendas do Vale da Paraíba no final do século XIX reavivaram a cidade, que sonhou ser uma das mais importantes do antigo Estado da Guanabara. Mas, ao ficar de fora da rota do caminho de ferro, Paraty estiolou, para grande desagrado dos seus moradores mas para enorme felicidade dos visitantes. Afastada da rota do progresso, Paraty conservou-se como uma jóia da arquitectura colonial, ao ponto de ser séria candidata ao título de Património da Humanidade da Unesco.
Nos últimos anos a cidade tem sido muito procurada pelos turistas, mas a Prefeitura tratou de fechar o centro histórico ao trânsito automóvel, e enterrou os fios de electricidade e de televisão. Arrancou também um projecto para recuperar os "sobradões" e pequenas estalagens e restaurantes instalaram-se nas esquinas das ruas empedradas, onde abundam sinais ligados à maçonaria. Hoje, Paraty (que é geminada com a cidade portuguesa de Ílhavo) vive quase exclusivamente do turismo. Curiosamente, a Prefeitura criou uma nova classificação para os hotéis e pousadas da cidade baseados em símbolos de peixes, que podem ser cor-de-rosa ou arco-íris se o hotel quiser ser identificado com o público homossexual.


Chegar lá
Chega-se a Paraty através da BR101, mas nada bate uma chegada de barco, que pode ser tomado em diversos pontos de Angra dos Reis.

Dormir
Pousada do Princípe (www.pousadadoprincipe.com.br), Avenida Roberto Silveira, 289. Tel: (24)33712266. — Situada a escassas centenas de metros do centro histórico, a pousada pertence ao princípe herdeiro da coroa brasileira, conhecido pelo povo como D. Joãzinho. Tem um pátio interior muito agradável, saturado com cheiro a baunilha. Os quartos rondam os 80 reais.
Pousada do Ouro (ouro@contrachtor.com.br). Tel: (24)33712221) — O seu maior trunfo é a localização, na rua da Praia, em pleno centro histórico. Quartos a partir de 80 reais.

Comidinha
Restaurante Refúgio, Praça da Bandeira, tel: (24)33712447 — Uma casa simplesmente deliciosa. Comida magnífica, em especial as moquecas e os pratos de peixe. O pessoal é de uma simpatia contagiante.

O que comprar
Artesanato índio, redes de descanso e biquinis. As coisas são ligeiramente mais caras do que na cidade do Rio.

posted by Rui Baptista at 3:57:00 da manhã 0 comments

Angra dos Reis


Vida de luxo

A primeira coisa em que o visitante de Angra dos Reis repara é a dificuldade em chegar às praias. Uma estrada sinuosa segue os recortes da costa, passando por casas magníficas que têm acesso directo ao mar. A estrada é apertada, acossada em ambas as bermas por árvores e flores, e há troços onde dois carros não conseguem cruzar-se.
Há duas razões para este cenário: primeiro, Angra é local para ser descoberto de barco; segundo, os ricos e poderosos de São Paulo e Rio que ali têm as suas casas de férias desencorajam de todas as maneiras a visita de turistas. As dezenas de ilhas particulares, decoradas com mansões cinematográficas, são guardadas por patrulhas de seguranças privados. Embora o acesso às praias seja protegido por lei, o certo é que um cidadão comum muito dificilmente disfrutará do prazer de passar um par de horas ao sol numa das ilhas. Este escriba ainda nadou até ao areal da ilha do célebre cirurgião plástico Pitangui, mas acabou por ter que regressar rapidamente à escuna quando foi surpreendido por dois seguranças armados acompanhados por um par de cães "doberman" com ar pouco amigável...
Ayrton Senna foi, provavelmente, o mais conhecido morador de Angra, e ainda hoje os pescadores da zona recordam com saudade as suas piruetas nas águas frias do mar (em Angra a temperatura da água raramente ultrapassa os 20 graus) com uma moto de água. Angra beneficia da proximidade da gigantesca Ilha Grande (vista de terra mais parece um continente) que serve de travão ao vento e às correntes marítimas. Na maior parte das praias o mar é dócil, e escassa meia dúzia de metros separam as águas da porta das casas, construídas de costas viradas para a rua. Grandes rochedos lisos dão carácter as baías e enseadas, e o que resta da mata atlântica avança até às águas, criando recantos de uma beleza idílica
A cidade de Angra não tem grande interesse, mas é ali que é possível apanhar as escunas que diariamente levam os visitantes numa rota pelas ilhas. Muito estranho num sítio como este, é ver ao longe a silhueta da central atómica de Angra, de cuja actividade resulta muita da prosperidade da cidade. Uma boa maneira de descobrir Angra é saír num barco de pescadores e comer a meio do dia uma deliciosa moqueca cozinhada a bordo.

Chegar lá
— Chega-se a Angra através da BR1001, que em grande parte do percurso segue o recorte da costa.

Dormir
Carlton Palms Hotel (Estrada Benedito Adelino 3700, Tel:(24)33654796 — O Carlton Palms é a casa dos portugueses em Angra. É um lugar simplesmente paradisíaco, com uma dúzia de "bungalows" que escorregam para uma praia privativa, onde locais de repouso foram talhados nas rochas. Os "bungalows", escondidos numa vegetação luxuriante mas com vista para o mar, são luxuosos: jacuzzi, sauna, ar condicionado e pequenos brindes como leitores de vídeo, dvd, cd, etc...Preços a partir de 300 reais


Comidinha
Restaurante Reis e Magos, na enseada do Saco do Céu, Ilha Grande — O barco é a única maneira de chegar a este restaurante dirigido por uma advogada que trocou São Paulo pelo sossego da Ilha Grande. A especialidae são as paelhas e as moquecas. As refeições são acompanhadas com música de flauta e é possível relaxar com uma massagem "shiatsu". Os preços são em conta. Não se esqueça de pedir uma caipimel (caiprinha com mel).Delicioso

posted by Rui Baptista at 3:52:00 da manhã 0 comments

Penedo


Finlândia nos trópicos

O Brasil tem destas coisas. Em plena serra, a três horas de viagem da cidade do Rio de Janeiro, o visitante depara com um pedacinho da Escandinávia. Saunas, passeios a cavalo, casinhas de madeira, viveiros de trutas, fábricas de chocolate — não é à toa que Penedo é conhecida no Brasil como "Pequena Finlândia". Na avenida principal existe mesmo um parque temático onde, supostamente, o Pai Natal tem a sua residência oficial nos trópicos.
A pequena cidade serrana mantém vivas as tradiçoes da colónia finlandesa que ali se instalou no final do século XIX, principalmente na arquitectura das casas. E embora os finlandeses tenham quase desaparecido, Penedo continua a viver ao ritmo das saunas e das festas de colheitas. As casinhas espalhadas pela serra parecem brinquedos ali deixados por um bom gigante escandinavo.
A cidade visita-se num dia, mas tem a grande vantagem de poder servir de ponto de apoio para visitas ao vizinho Parque do Itatiaia. Com as suas montanhas imponentes cobertas por mata atlântica luxuriante, o Parque é cortado por um rio que se precipita em cascatas serra abaixo.

A mais célebre queda de água, a merecer uma visita obrigatória, é a "Véu da Noiva", tantas vezes retratada em novelas brasileiras. E acreditem: um banho de cachoeira é uma daquelas coisas que toda a gente devia experimentar uma vez na vida.


Chegar lá
De carro, são cerca de três horas de viagem a partir da cidade do Rio de Janeiro através da BR116, a famosa Via Dutra.

Dormir
Hotel da Cachoeira (www.hoteldacahoeira.com.br), estrada das Três Cachoeiras. Tel: (24)3511262 — A cachoeira, que serve para banhos retemperadores depois da sauna, é a grande atracção deste hotel composto por 30 "bungalows" espalhados pela serra. Diárias, com pensão completa, a partir de 78 reais.

Pousada Casa Encantada, Avenida da Finlândia 70. Tel: (24)33511306 — Casa simples mas acolhedora, à beira da avenida principal de Penedo. Quartos razoavelmente equipados a partir de 56 reais.

Comidinha
Rei das Trutas, Avenida das Mangueiras — O nome diz tudo. Peixe fresco muito bem cozinhado e em conta.

O que comprar
Chocolates. Penedo tem uma tradição centenária de fazer bons chocolates, existindo muitas lojas na cidade e nos principais hotéis.
posted by Rui Baptista at 3:46:00 da manhã 0 comments

Vale da Paraíba



Requinte com cheiro a café

Se algum dia tiver a felicidade de pernoitar na Fazenda Ponte Alta, em Barra do Piraí, siga o exemplo de Mick Jagger (esse mesmo) e peça que o instalem no quarto nº1. Apesar de ficar situado na "senzala" (zona destinada a albergar os escravos nas antigas fazendas de café do Vale da Paraíba) o quarto é simplesmente magnífico, com um pé-direito impressionante e um soalho de rija madeira de "jatobá". Num enorme armário que cobre a parede de fundo, uma verdadeira relíquia, pode encontrar velhos documentos e livros raros documentando o apogeu das fazendas de café no século XIX.
A Fazenda Ponte Alta é um bom exemplo do trabalho que vem sendo feito nos últimos anos para recuperar estes solares. Construída em 1830 pelo Barão de Mambucaba, a fazenda passou por diversos proprietários após a crise da cultura do café, e hoje está na posse de Evelyn Pascoli, que conserva intacta a Casa Grande, alugando os quartos da "senzala". As duas áreas estão separadas por um extenso relvado, do tamanho de um campo de futebol, onde ainda é vísivel o tronco onde os escravos eram castigados. Numa homenagem aos homens e mulheres que foram vítimas da tirania de escravidão, Evelyn mantém vivo na fazenda um "Museu da Escravatura". E todos os fins-de-semana, num armazém que em tempos serviu como sala de cinema, representa para os seus convidados uma peça de teatro inspirada na história da cultura de café. As refeições são servidas na Casa Grande, à luz da vela, acompanhadas pela boa Música Popular Brasileira. E quem quiser, pode apressar a digestão com uma boa caminhada pela fazenda, de olhos posto no céu à procura do Cruzeiro do Sul.

A meia-dúzia de quilómetros de distância situa-se a Fazenda do Arvoredo, antiga Fazenda Santa Maria, que também já recebeu Mick Jagger e outros visitantes ilustres, como Sting e Getúlio Vargas. É uma casa senhorial impressionante, rodeada de mata atlântica, servida por duas represas. Os quartos são ligeiramente mais modestos, mas a Casa Grande tem um aspecto tão imponente que tem servido de cenário a diversas novelas de época. Durante a semana reina o sossego absoluto, mas aos fins-de-semana a fazenda recebe habitualmente famílias completas, que vão à procura de ar puro e de actividades desportivas para as crianças.
Quem quiser ver uma fazenda absolutamente cinematográfica deve deslocar-se ao munícipio vizinho de Vassouras, para se deliciar com a casa rosada de Cachoeira Grande. E se pedir muito, pode ser que a proprietária, Magdalena Manso aceite mostrar a colecção de automóveis do seu ex-marido....



posted by Rui Baptista at 3:41:00 da manhã 1 comments

Petrópolis



Cidade imperial

Petrópolis ("Cidade de Pedro", em honra do primeiro imperador do Brasil) parece estar sempre envolta em nevoeiro. Isso e a chuva que cai frequentemente dão à cidade imperial um tom ligeiramente europeu, logo desmentido pela exuberância das suas montanhas verdes cobertas de flores.
Para Petrópolis (e também para a cidade gémea de Teresópolis, perto da Serra de Órgãos) fugia a família imperial brasileira nos tempos de estio, à procura de frescura e ar puro. Hoje a cidade mantém uma pose aristocrática, bem visível na sua arquitectura e nos monumentos. Petrópolis permanece uma cidade bem diferente das restantes localidades do Estado, apesar de esta situada a apenas 68 quilómetros da cidade do Rio.
Palácios, museus, mansões e uma catedral imponente. E ainda réplicas de antigas carruagens (as "vitórias" que continuam a circular pelas ruas empedradas). Obrigatório é visitar o Palácio Imperial e o Palácio da Quitandinha (onde funcionou o maior casino da América Latina), que era regularmente visitado por Carmen Miranda, Evita Peron e Orson Welles. Bem perto fica Itaipava, uma localidade construída à sombra de um enorme penedo, onde fica situado o "Parrô do Valentim", um restaurante português merecidamente célebre. O coelho ao molho de vinho é de ir às lágrimas...

Como chegar
A BR040 sai do Rio e cruza Petrópolis.
Onde ficar
Pousada da Alcobaça (pousadadaalcobaca.com.br), rua Agostinho Goulão, tel. 22211240. Instalada num casarão de estilo normando, tem móveis feitos à mão e um jardim precioso, cheio de recantos e sombras. Diária a partir de 180 reais.
Pousada Pedra Bonita , quilómetro 69 da BR040. Tel.22374781. "Bungalows" espalhados por um imenso relvado, ao lado de um rio que rio que rasga a pedra. Os quartos possuem "jacuzzi" com tecto de vidro, pelo que é possível relaxar olhando as estrelas. Possui um campo para a prática de hipismo. Diárias a partir de 110 reais.
Comidinha
Restaurante Arte Temperada, rua Ipiranga, tel. 22372133. Comida óptima, ambiente sofisticado, localização excelente. Mais palavras para quê?
Restaurante "Parrô do Valentim", Itaipava - comida sólida, portuguesa.
Matar o tempo
Visitar museus e palácios. Não perder uma deslocação a Itaipava.

posted by Rui Baptista at 3:36:00 da manhã 0 comments

Búzios


Insónias na Rua das Pedras

Armação de Búzios é um delicioso capricho da natureza. Uma extensa península de água verde-esmeralda, com mais de 20 praias dignas de figurarem em qualquer cartão postal. A duas horas de carro da cidade do Rio de Janeiro, Búzios era uma tranquila localidade de pescadores até ao dia em que ali desembarcou a actriz francesa Brigitte Bardot. A beleza do local, conta quem viu, deixou-a sem palavras. Mas Bardot rapidamente recuperou a fala e gabou Búzios em diversas entrevistas, mudando para sempre o destino da pacata vila de pescadores.
A actriz francesa já não vai a Búzios desde a década de 60 do século passado, mas alguém se lembrou de a homenagear com uma estátua erigida bem perto da animada Rua das Pedras, o coração social de Búzios. E aí está ela, em cobre de tons azulados, eternamente sentada numa mala de cartão, segurando um enorme chapéu de aba redonda...
Quem mais hoje frui das belezas de Búzios são os argentinos, que elegeram as praias como o seu principal destino no estrangeiro. O castelhano é assim a língua franca do lugar, que vive calmamente durante o dia, preguiçando ao sol, para se transformar radicalmente à noite. Tudo gira em volta da Rua das Pedras, ponto de encontro de toda a gente. Sucedem-se os restaurantes, bares, discotecas, tabacarias, lojas de biquinis e artesanato. Ninguém dorme até ao raiar do dia e quem visitar Búzios só tem duas opções: ou dorme durante o dia, ou prepara-se para fazer um par de directas.
Existem em Búzios praias para todos os gostos, mas as águas são geralmente mais frias do que noutros pontos da costa do Rio de Janeiro, por influência das correntes marítimas. Algumas praias, como João Fernandinho, Lagoinha, Forno ou Azeda e Azedinha são de difícil acesso, mas merecem o esforço suplementar. Para os amantes de mergulho, Búzios é um autêntico paraíso.


Chegar lá
A melhor maneira de alcançar Búzios a partir do Rio é através da BR101. Quem tiver dinheiro pode sempre optar por ir de helicóptero...

Dormir
A oferta é tanta que é difícil seleccionar. Este escriba ficou na pousada Doce Mar (Morro do Humaitá, com vista para o Atlântico e para a estátua da Brigitte Bardot) e adorou. O preço é que é muito violento, rondando os 500 reais por noite, mas há prazeres que não podem ser contabilizados...Mesmo ao lado da Doce Mar fica a Byblos,uma pousada acolhedora e mais barata, que disfruta também de vista para o mar e fica a 200 metros da animação da Rua das Pedras.

Comidinha
Mais uma vez, a oferta é tanta que qualquer selecção pecará sempre por defeito. Mas recomendam-se, sempre na Rua das Pedras, o exclusivo Cigalon (comida francesa), e a estância D. Juan (churrascos). Mas o melhor é deambular pela Rua das Pedras até encontrar o restaurante ideal.

Matar o tempo
De dia, ir à praia. À noite, "curtir" na Rua das Pedras. Recomendam-se o Pátio Havana (o sítio para ir se aprecia os "puros" cubanos) e o Takatakatá (se aprecia caipirinhas). Mas o melhor é mesmo andar de porta em porta, até porque alguns bares só abrem a meio da madrugada.




posted by Rui Baptista at 3:29:00 da manhã 0 comments

Tarifas para o Rio de Janeiro

Tarifas para o Rio de Janeiro

A TAP viaja para o Rio de Janeiro por preços a partir de 608,35 euros, já com taxas de aeroporto incluídas. Na "cidade maravilhosa" o melhor é recorrer aos serviços da TurisRio (Rua da Ajuda nº5, 6º andar, tel. 00-55-21-22150011), a companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (www.turisrio.rj.gov.br).





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E agora...A ILHA DE CHIPRE
posted by Rui Baptista at 3:28:00 da manhã 0 comments